A crise começou com a divulgação de uma fita
de vídeo em que o ex-diretor do Departamento de Contratação e Administração de
Material dos Correios Maurício Marinho detalha a dois empresários um esquema
de pagamento de propina, supostamente gerido pelo presidente do PTB, Roberto
Jefferson (RJ), e outro diretor da empresa, Antônio Osório Batista.
O dinheiro arrecadado com esse esquema de
corrupção seria usado pelo dirigente do PTB
para engordar o caixa do partido, de acordo
com as denúncias.
Na gravação, Marinho afirma também que as
outras estatais federais, como o Instituto de
Resseguros do Brasil,
teriam esquemas semelhantes. Diante
dessas informações, as lideranças do PFL e do
PSDB propuseram a criação de uma CPI mista
para investigar as denúncias de corrupção.
Inicialmente, a comissão teria os Correios
como foco, mas alguns parlamentares
oposicionistas admitiam que as investigações
chegariam a outras
estatais.
Em 6 de junho de 2005, o deputado Roberto
Jefferson, afirma em entrevista à Folha de São
Paulo, que o PT distribuía um “mensalão”
para deputados do PP e PL.
Parlamentares da base aliada receberiam
“mesada” do PT para votar com o governo.
Segundo Jefferson, o ministro da casa civil,
José Dirceu e o tesoureiro do PT,
Delúbio Soares,
eram os responsáveis por esse esquema de
corrupção. Acusou Delúbio
Soares de pagar um “mensalão”
de R$30mil a deputados e que Marcos Valério é
quem fazia a distribuição do dinheiro.
Ainda segundo Jefferson, o secretário-geral
do Partido dos Trabalhadores, Silvio Pereira,
negociava cargos políticos numa sala no
Palácio do Planalto.
Jefferson culpava também o ex-ministro José
Dirceu e a ABIN (Agência Brasileira de
Informação), pela investigação que flagrou o
ex-funcionário dos Correios recebendo propina.
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