As idéias dos revolucionários,
conquistaram sobretudo o apoio dos camponeses e operários, que sofriam com
salários baixos, desemprego, falta de terra, doenças e analfabetismo.
O grupo dos 12, em pouco tempo
transformou-se numa tropa que causava baixas cada vez maiores ao governo. Os
revolucionários aumentavam em número e recebiam o apoio da população rural e
urbana.
Os guerrilheiros desceram a serra
e se espalharam pelo país, abrindo uma frente de guerra contra o exército de
Batista. Nas cidades, grupos de apoio atacavam a polícia e as instalações do
exército.
Em 1 de janeiro de 1959, comandados por Fidel Castro, Camilo
Cienfuengos e Raul Castro, tomaram Havana e outras
cidades importantes. Fulgêncio
Batista e membros de seu governo abandonaram Havana. Os rebeldes dominaram
Havana em 2 de janeiro de 1959.
Um
novo presidente assumiu, substituído depois por Fidel Castro, líder da
Revolução. O novo governo tomou diversas medidas, entre as quais: reforma
agrária, com a expropriação das grandes propriedades; nacionalização de
empresas estrangeiras e dos setores-chave da economia, como combustíveis,
sistema de comunicações e de energia elétrica (reduzindo as tarifas de
imediato); reforma do ensino; para erradicar o analfabetismo, sendo a educação
gratuita em todos os níveis. Medidas voltadas para a saúde pública, etc.
Em 1961, Cuba optou pelo
socialismo, contrariando os interesses norte-americanos.
Os Estados Unidos reagiram à revolução cubana, com um bloqueio econômico
(1959) e um golpe fracassado da CIA, a invasão da Baía dos Porcos, em
1961, por uma força militar treinada e financiada pelos Estados Unidos,
formada por exilados cubanos.
A
derrota norte-americana fortaleceu Fidel, que diante da ameaça dos Estados
Unidos, procurou e obteve apoio da União Soviética e de outros países
socialistas. Em maio de 1961, Fidel declarou que Cuba passava a ser um
Estado Socialista. Num pronunciamento histórico, afirmou que adotava o
marxismo-leninismo e se aproximava da URSS.
Em 1962, houve a crise dos mísseis. O governo de John Kennedy,
identificou bases de mísseis soviéticos em Cuba. Esse fato gerou uma grave
crise internacional. Em outubro de 1962, John Kennedy, empreendeu um
bloqueio aeronaval a Cuba. Diante da ameaça dos Estados Unidos, de usarem
sua força nuclear, os mísseis soviéticos foram retirados.
Sob influência dos Estados
Unidos, a OEA (Organização dos Estados Americanos), expulsou Cuba da
organização, determinando seu isolamento político e econômico.
Ao longo do tempo, as reformas
promovidas pela Revolução Cubana, mudaram o país. O analfabetismo foi
eliminado; as condições de saúde melhoraram; as terras foram distribuídas aos
camponeses; as tarifas de transportes e aluguéis reduzidas; a assistência
médica e a educação são gratuitas.
Com a crise dos regimes
socialistas e a desintegração da União Soviética, Cuba perdeu uma importante
fonte de ajuda econômica. As dificuldades da população são grandes sobretudo
em relação ao abastecimento de produtos essenciais. Também, tem ocorrido
manifestações de intelectuais e de outros grupos reivindicando liberdade de
expressão e maior participação nas decisões políticas.
Cuba mantém-se fiel aos
princípios do socialismo, embora na esfera econômica venha adotando medidas
destinadas a atrair investimentos privados do exterior.
18/05/05
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